As formas rituais e simbólicas para o entendimento da cultura popular e da cultura das elites
As formas rituais e simbólicas para o entendimento da cultura popular e da cultura das elites.
Este curso se propõe a iniciar uma reflexão que busque pensar a respeito das formas rituais e simbólicas e a sua importância no sentido de um entendimento mais aprofundado da cultura popular e da cultura das elites. Portanto, veremos como que os estudos da cultura de determinados povos e em determinados lugares dentro de uma conjuntura histórica específica podem auxiliar a um maior entendimento dos fenômenos políticos e sociais daquele contexto. Buscaremos desdobrar a reflexão sobre o papel das formas rituais e simbólicas utilizadas como ferramenta de dominação por parte das elites e as diversas resistências, lutas e conflitos advindos da tentativa de manutenção de tradições, as mais variadas, por parte das classes populares e subalternas. Tal problemática será pensada de forma transversal em três textos em específico: O primeiro é o capítulo Rough Music, oitavo capítulo da obra Costumes em Comum. Estudos sobre a Cultura Popular Tradicional (1998), do historiador inglês Edward Palmer Thompson (1924-1993); O segundo é a introdução D. Pedro II é pai dos brancos e o primeiro capítulo “A roupa nova do rei:” Reflexões sobre a realeza do livro As Barbas do Imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos (1998) cuja autora é Lilia Moritz Schwarcz; E, por fim, o terceiro texto que é de autoria do historiador Peter Burke que é o capítulo Persuasão do livro A fabricação do Rei. A construção da imagem pública de Luís XIV (1994).
Um primeiro ponto importante para a nossa reflexão diz respeito ao que André Cabral Honor em sua resenha sobre a obra O que é História Cultural? escrita pelo historiador Peter Burke, aponta referente ao fato de que os historiadores também devem estar atento para a divisão entre cultura popular e erudita, sem deixar de perceber as