As figuras do sagrado: entre o público e o privado (resenha)
Os santos são de barro
As figuras do Sagrado: Entre o público e o privado na religiosidade brasileira.
Por Adilson Vaz dos Reis* 05 de março de 2013
*Pós-Graduando em Ciências da Religião. 3 sem. 2013. PUC-SP. Prof. Dr. Fernando Londño. História da Religião
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Os Santos São de Barro
(Resenha) Por Adilson Vaz dos Reis MONTES, Maria Lucia. As figuras do Sagrado: Entre o Público e Privado na Religiosidade Brasileira. São Paulo: Claro Enigma, 2012. Maria Lucia Montes nasceu em Petrópolis, Rio de Janeiro em 1942. Formou-se em Filosofia pela USP (1964), onde esteve por um ano ocupando a cadeira de filosofia antiga. Em 1973 defendeu o título de mestrado pela Universidade de Essex 1. Posteriormente doutorado em ciência política pela USP em 1983. Durante seis anos integrou o Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, quando se aposenta em 1995. Hoje trabalha em museus, exposições e edições de livros de arte. 2 No livro As Figuras do Sagrado, a autora aborda de forma sintética as grandes transformações religiosas no Brasil que vai da virada do século XX para o século XXI. Nesse contexto, são analisados a perda da hegemonia católica e seus múltiplos rearranjos para se manter no poder religioso entre o público e o privado. Tendo qu e conviver com diversas manifestações religiosas cristãs como os evangélicos, espíritas e afro- brasileiros. O Episódio de 1995, quando um Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), em rede nacional “chuta a Santa” (Padroeira do Brasil), dá-se uma comoção de agravo em todo o Brasil. Esse é o mote do livro que discute a hegemonia católica e as transformações no campo religioso brasileiro que vai do público ao privado. Maria Lucia Montes avalia que depois de quatro séculos de poder da Igreja Católica Apostólica Romana em solo brasileiro, após o Estado laico, a chegada dos protestantes e suas