As escolas do pensamento comunicacional na obra historia das teorias da comunicação
Historia das Teorias da Comunicação
O presente trabalho consiste em um levantamento de quais Escolas do Pensamento Comunicacional são citadas na obra História das teorias da comunicação, de Armand Mattelart e Michele Mattelart.
Sabe-se que já na Grécia antiga os filósofos sofistas utilizavam-se da comunicação para manipular o conhecimento, ou seja, recorriam à informação para convencimento dos ouvintes. Mais tarde, os enciclopedistas aprofundaram os estudos nas comunicações interpessoais, na mesma época em que foi feito o primeiro estudo acadêmico na área de comunicação impressa. Em 1690, Tobias Pencer pesquisou a transmissão de notícias em Leipzig, na Alemanha, fazendo surgir o Zeitungskunde, ou seja, a “ciência da notícia”.
O livro que serve de base para este trabalho trata das Teorias da Comunicação a partir do século XIX, momento em que surge a visão da comunicação como fator de “integração das sociedades humanas” e as primeiras concepções teóricas que se tem dela baseiam-se na concepção vigente de sociedade como um “organismo”, um conjunto de órgãos cada um com função bem determinada. Para introduzir essa primeira concepção, os autores remontam a pensadores anteriores que influenciaram sua formulação. São eles Adam Smith, o teórico do liberalismo econômico, do laissez-faire – a comunicação contribuindo para a organização do trabalho coletivo, divisão do trabalho – e o fisiocrata François Quesnay – a necessidade de liberação dos fluxos de bens e mãos de obra e conservação dos meios de comunicação.
Mas é no início do século XX, tratado no livro, no capítulo II – Os empirismos do Novo Mundo, que surge, como o próprio título sugere, os primeiros enfoques americanos sobre a comunicação. Embora em nossos estudos tenha-se privilegiado o estudo da corrente da Mass Communication Research (1927) de Harold D. Lasswell, defendida principalmente no livro Propaganda Techniques in the World