As Emoções segundo Antônio Damásio e segundo William James
No “Erro de Descartes” argumenta que é possível separar os processos cognitivos dos emocionais, que o corpo e a mente não entidades separadas e independentes. Para Damásio o erro de Descartes foi o de julgar que o ser humano podia ter uma razão pura. Nos seus estudos de pacientes com lesões no córtex pré-frontal, Damásio reparou que há uma participação substancial das emoções nos processos de decisão e raciocínio.
Foi Antônio Damásio que desenvolveu o conceito de razão e emoção. Para ele, a razão é o nosso lado racional, é o que nos distingue, enquanto seres humanos, dos restantes animais. Ao contrário deles, não agimos habitualmente movidos pelos instintos, apesar de, como já vimos, por vezes nos guiarmos pelas emoções. É a capacidade de raciocínio que cada um de nós dispõe (falando-se de seres humanos mentalmente saudáveis) e que nos permite ser tão complexos, inventivos e com o dom da construção.
Já a emoção é um estado momentâneo em que o nosso organismo é estimulado por um motivo específico (que pode ser objeto de resultados diferentes de pessoa para pessoa), estando presentes, juntamente com ela, reações biológicas. Existem diferentes tipos de emoções, sendo que muitas delas podem ser aprendidas em sociedade: medo, vergonha, alegria, tristeza, cólera, entre outras. Por vezes, a intensidade das emoções leva-nos a agir de acordo com a aquilo que estamos a sentir, de acordo com a nossa interpretação dessas mesmas emoções, daí a agirmos erradamente e de “cabeça quente”. No entanto, elas são fundamentais para fazermos uma avaliação cognitiva de tudo o que nos rodeia.
Para Damásio a emoção tem duas funções biológicas: A primeira produz uma reação específica para a situação indutora e a segunda função é de Homeostase, regulando o estado interno do organismo, visando essa reação específica. Ou seja, as emoções são a forma que a natureza encontrou para proporcionar aos organismos comportamentos