As duas maravilhas do mundo antigo
Não, o título não está errado. Eu sei que são sete maravilhas do mundo antigo, no total. Mas recentemente visitei duas, e só posso falar sobre elas com alguma propriedade. Na verdade, visitei “uma e meia”. Deixe-me explicar melhor: recentemente estive no Egito e visitei uma das maravilhas que ainda pode ser vista inteiramente, e outra que sobrou muito pouco.
Comecei minha jornada por Alexandria, onde se localizava uma delas: o Farol de Alexandria. E, obviamente, visitei o local onde ficava esta torre. Atualmente, sobre seus escombros, encontra-se a Cidadela de Qaitbay, um forte construído pelo sultão de mesmo nome. Ainda é possível identificar com a ajuda de um guia o que restou do Farol na construção. Uma pena que ele não tenha resistido a terremotos ocorridos na Idade Média. Abaixo está uma foto minha na frente da Cidadela. Somente dentro dela que dá pra ver (e até tocar) na parte da construção que foi indicada pelo guia como o que restou do Farol.
De Alexandria fui para o Cairo, e a primeira parada foi nas Pirâmides de Giza. É indescritível estar lá, de frente para aquelas estruturas monumentais. Porém, apenas uma delas é a maravilha restante do mundo antigo: a Pirâmide de Quéops, a maior de todas. As pirâmides, segundo egiptólogos, têm algumas relações com a Astronomia. Suas bases são precisamente alinhadas com os pontos cardeais e alguns defendem que elas serviriam para representar as Três Marias, o cinturão da constelação de Órion, numa determinada época do ano. Neste mesmo período o Rio Nilo representaria a Via Láctea (faixa esbranquiçada no céu noturno), e a Esfinge a constelação do Leão. Abaixo, mais uma foto do meu acervo pessoal com as pirâmides ao fundo, sendo a mais à esquerda a de Quéops.
As outras cinco maravilhas não podem mais ser vistas, pois foram todas completamente destruídas. Desta forma, posso dizer orgulhoso que visitei todas as maravilhas do mundo antigo possíveis de serem visitadas.