As Ditaduras Militares na América Latina
História
As ditaduras militares na América Latina
Grupo 11 – Tendências e resistências
América Andina – Chile e Peru
Chile
Desde a sua independência, o Chile foi uma república que praticou uma democracia representativa destacando-se, dessa forma, entre as demais repúblicas da América do Sul.
Isso permitiu que se desenvolvesse um clima de liberdade, o que facilitou não só o crescimento econômico como também a organização dos trabalhadores e a prática da cidadania. Por isso, o Chile ficou conhecido como o “Condor da Democracia”.
AFP
Salvador Allende
EF9P-12-41
Esse contexto permitiu que, em 1958, a
Unidade Popular, união de partidos de esquerda, lançasse a candidatura de Salvador
Allende à presidência da República com o objetivo de implantar o socialismo por vias pacíficas e democráticas, isto é, por meio de eleições. A derrota do candidato das esquerdas deu-se por uma pequena margem de votos.
A Revolução Cubana reacendeu o vigor da Unidade Popular, que, em 1970, conse-
guiu eleger Allende, num período histórico que coincidiu com a implantação de ditaduras militares, apoiadas e financiadas pelos
EUA, por toda a América Latina.
Allende nacionalizou a exploração do cobre, do petróleo, do carvão e do ferro e realizou uma reforma agrária. Essas medidas incentivaram as camadas populares a exigirem reformas cada vez mais amplas e profundas.
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Capítulo 24 – As ditaduras militares na América Latina
Em setembro de 1973, Pinochet chefiou o golpe militar, contando com o apoio das forças políticas e empresariais dominantes e dos EUA. O presidente Salvador Allende foi deposto e assassinado.
O governo Pinochet
AFP / CRIS BOURONCLE
Sentindo-se prejudicados e ameaçados por essas tendências “esquerdistas” – prómoscovitas, segundo o governo norte-americano –, os EUA passaram a boicotar os produtos chilenos.
Internamente, o governo Allende também enfrentava sérias resistências do empresariado chileno que