As diferenças sociais
Sociólogo e filósofo inglês, nascido em 1820 e falecido em 1903, foi dos primeiros investigadores a defender a teoria evolucionista. Tentou aplicar o conceito de evolução não só à biologia mas também à psicologia, à sociologia, à ética e à política. Defendeu que o processo de seleção natural se aplicava à sociedade - o chamado darwinismo social -, levando à eliminação dos socialmente mais fracos. A sua obra mais conceituada é The Synthetic Philosophy (1896).
A obra do filósofo inglês Herbert Spencer é inseparável da ideologia do progresso - da ideia de um desenvolvimento progressivo da Humanidade e do evolucionismo cultural e social - que marcou o século XIX. Spencer introduz as hipóteses evolucionistas em 1854, em Social statics, que serão igualmente defendidas por Darwin, em 1859, na sua obra A origem das espécies. Com uma importância decisiva nos Estados Unidos, Spencer não marcará de igual modo a Sociologia francesa, graças aos ataques que lhe foram dirigidos por Durkheim.
Spencer, nos Primeiros Princípios (que introduzem o Tratado do qual os Princípios de Sociologia são uma parte), procurou explicar mecanicamente o Universo, concebido como um conjunto de relações dinâmicas, como um organismo vivo, no seio do qual se verifica uma crescente diferenciação e especialização (dos organismos e das sociedades). O seu evolucionismo defende que, por diferenciação e por agregação (integração), as sociedades evoluem de formas simples para formas complexas. Tem, assim, uma conceção da história humana progredindo de uma homogeneidade incoerente para estados cada vez mais complexos em termos de heterogeneidade e diferenciação das funções e estruturas que compõem o 'organismo' social, e em termos de individualismo. Segundo ele, a evolução conduziu à passagem das sociedades de tipo "militar" (com estruturas e organizaçõe simples, e com uma divisão elementar do trabalho) às sociedades de tipo "industrial" (em que existe uma diferenciação e complexificação