as desigualdades sociais, desigualdade de direitos, e as diversas expressões da questão social
Tais marcas dessa época colonial e escravista estão presentes no Índice do Desenvolvimento Humano (IDH), que mede os níveis de educação, saúde e renda familiar da população. O índice comprova o atraso histórico dos trabalhadores negros em relação aos brancos em nosso país. No último Censo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), realizado em 2009, os brancos ficaram na 67ª, enquanto os negros na 99ª. Existe uma diferença enorme no acesso aos direitos básicos entre brancos e negros.
Agora, em novembro, no dia 20, comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra. Aqui lembramos que a repressão violenta dos senhores de escravos foi substituída hoje pelo arrocho salarial, perda de direitos sociais e ação bruta das milícias, que exterminam os jovens negros nas periferias. Negros de Pernambuco, da Bahia, do Rio de Janeiro e de muitos outros estados do Brasil sofrem perseguição extremada.
Uma pena que alguns historiadores e cientistas sociais defendam e digam ter sido uma vitória o fim da escravidão no distante ano de 1888. Esqueceram que isso não é a consagração da verdadeira liberdade. Não se pode ser livre sem emancipação econômica plena. Não se pode ser livre sem inserção social e política. Não se pode ser livre sem acesso aos bens culturais e econômicos. Não se pode ser livre se não se usufrui dessa liberdade em todas as instâncias.
O racismo tem de ser superado através da luta. Que se mantenha vivo