As cinco vias em sto tomás

A Mística de Eckhart
A palavra pode ser considerada uma entidade por ter a faculdade de evocar importantes conceitos presentes do cotidiano do sujeito, mas que infelizmente são poucos refletidos e exercitados socialmente, isto é, a língua (tanto subjetiva quanto externa) tornou-se uma habilidade mecânica, pois poucos notam a sua importante presença na coesão não só na realidade social, mas também divina, pois é por meio da língua que o sujeito relaciona-se com o mundo concreto e divino. É a partir deste ponto de vista que é conveniente refletir sobre a ilustre citação do pensador e Francês René Descartes, “Penso, Logo Existo”, por lançar em sua obra como prova de que o Homem é um ser que existe simplesmente pelo fato de pensar sobre sua própria existência, isto é, possui uma consciência que fala em sua língua materna tornando presente a palavra em sua interioridade.
O pensador dominicano Eckhart possui em sua filosofia uma palavra que merece ser exaltada por manifestar conceitos que fazem belo sentido, a palavra singular é destacada no conceito presente no termo Místico que, assegura a singularidade tanto do corpo quando da alma humana com Deus, isto é, Eckhart assegura que pelo fato de Deus ser considerado uma grande intensidade de entendimento digno o homem deve unir-se a este ser transcendente, para que o casamento presente no conceito místico seja alcançado.
Tampouco se deve pensar que, enquanto Deus, o próprio Filho de Deus seja algo extrínseco ou distante de nós, e que a relação analógica para com Ele seja como a de uma imagem refletida por espelhos; antes, como Deus indiviso e único, Ele está intimamente unido conosco por sua essência e “muito perto de cada um de nós, pois nele vivemos nos movemos e somos”. A unificação do homem com Deus – A Apologia de Eckhart.

Contudo, a unificação presente no pensamento místico de Eckhart exalta a singularidade do corpo e alma do homem com Deus por meio da analogia, ou seja, o homem não se torna o transcendente,