As cinco moças de guaratinguetá
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Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti, foi pintor, caricaturista e ilustrador brasileiro. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1897 e faleceu em 26 de outubro de 1976, na mesma cidade. Idealizou e participou da Semana de Arte Moderna de 1922, expondo 11 obras de arte e elaborando a capa do catálogo. Seu estilo artístico é marcado pela influência do expressionismo, cubismo e dos muralistas mexicanos (Diego Rivera, por exemplo). Abordou temas tipicamente brasileiros como, por exemplo, o samba. Em suas obras são comuns os temas sociais do Brasil (festas populares, operários, as favelas, protestos sociais, etc). O MAC possui em seu acervo, além de pinturas, uma série de mais de 500 desenhos, que cobrem o período que vai da década de 20 até o ano de 1952: grafites, aquarelas, guaches e nanquins, generosamente doados pelo artista.
Cinco moças de Guaratinguetá, Emiliano Di Cavalcanti, técnica de óleo sobre tela, dimenções de 92 x 70 cm, pintada em 1930, atualmente reside no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP). Embora atravessando várias fases distintas, a obra de Di revela uma atenção permanente à vida cotidiana das pessoas simples, num passo para definir e preservar uma identidade nacional. Cinco moças reflete esse gosto interiorano, sublimado numa composição colorida que remete ao inconsciente coletivo da sociedade brasileira. O artista, com dois pequenos detalhes no lado direito do observador, consegue nos levar para um ambiente pobre e despreocupado, mas mesmo assim encantador, mostrando simplesmente uma parede descascada e um cano solto. O jeito peculiar das moças não tem qualquer aparente referência com a pintura praticada nessa época na Europa.