As cidades neoliticas
Os arqueólogos acreditam que os primeiros agricultores e pastores viveram por volta de 8 000 a.C., nos vales aluvionais do Oriente Próximo. Por volta de 6 000 a.C., as comunidades agrícolas haviam se propagado através de todo o sudoeste da Ásia e sul da Europa, espalhando-se também pelo norte da África. Pesquisas arqueológicas encontraram restos de antigas aldeias em Jericó na Palestina, em Qalat-Jarno na bacia do rio Tigre e em Tell-Hassuna no Iraque.
Com a agricultura, a terra das aldeias se tornou de uso comum dos clãs e era lavrada coletivamente, assim como os rebanhos, os celeiros, as pastagens e as cabanas. De uso individual permaneceram os apetrechos de caça, os utensílios de cozinha e o vestuário. Tudo aquilo que se produzia era partilhado equitativamente dentro de cada grupo, havendo trocas entre as aldeias apenas em ocasiões especiais, tais como casamentos ou funerais.
Mesmo sendo ainda de subsistência, existia agora uma economia produtora de alimentos e não mais apenas coletora.
O trabalho tornou-se então uma atividade constante e coletiva, que mobilizava toda a aldeia: era preciso drenar pântanos, controlar as enchentes dos rios, limpar florestas, semear os campos, pastorear o gado etc. A divisão do trabalho estava diretamente relacionada com o sexo: as mulheres deviam arar o solo, moer e cozinhar os grãos, fiar, tecer, fabricar os potes e os ornamentos; a limpeza do terreno para o cultivo, a construção das habitações, a criação do gado, a pesca e o fabrico de ferramentas e armas eram as tarefas masculinas.
Os aldeamentos eram formados de habitações pequenas, circulares ou quadradas e sempre de material precário, diferindo conforme a região. Próximo às florestas, erguiam-se cabanas construídas de troncos, próprias das comunidades de caçadores e pastores. Sobre as águas dos lagos e rios, elevavam-se as palafitas dos pescadores.
Durante o período Neolítico, foram edificados os monumentos "megalíticos"(mega = grande; ithos =