As bases políticas do neodesenvolvimentismo
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No texto “As Bases Políticas do Neodesenvolvimentism”, o autor discorre sobre o neodesenvolvimentismo, relacionando o processo político com o desenvolvimento do capitalismo. O assunto é introduzido de forma a explicar as características estruturais da sociedade e da economia brasileira, que se inseriram tardiamente e de forma dependente no capitalismo mundial, e apontar os momentos mais significativos do processo de modernização capitalista. A República Oligárquica, que foi o período em que a política do Estado privilegiou os interesses do capital cafeeiro, não só estabeleceu condições mínimas para o crescimento industrial, como também bloqueou políticas que promovessem a industrialização. Posteriormente, graças ao movimento Tenentista, a hegemonia da burguesia cafeeira foi quebrada e, dessa forma, a unificação do mercado nacional e a remoção dos obstáculos políticos à implantação de políticas econômicas industrializantes foi permitida. Sucedeu-se o período populista de Vargas, a ditadura militar e a redemocratização nas décadas de 80 e 90, que marcou períodos de alternância entre crescimento econômico e estagnação. A intervenção da população na história política brasileira é ressaltada pelo autor, afirmando que o PT, partido criado pelo movimento sindical e popular, retomou a proposta de intervenção do Estado a favor do desenvolvimento do capitalismo. O neodesenvolvimentismo é o desenvolvimentismo da época do capitalismo neoliberal, ou seja, é a política de desenvolvimento possível sem romper com a lógica neoliberal. O modelo tem funções sociais, como criação de empregos, políticas de recuperação de salário mínimo, redistribuição de renda, entre outras. Além de funções econômicas como renacionalizar a economia por meio de financiamento do BNDES à reindustrialização. É válido ressaltar que o BNDES foi uma instituição financeira estatal que permaneceu intacta durante a época de privatizações da década de 1990. O autor aponta que a frente