FICHAMENTO DE EDNA corrigido
1 INTRODUCÃO
Trataremos aqui o trabalho em contexto de crise, seus fundamentos e rebatimentos e impacto no próprio processo e condição de trabalho e nas lutas de classes.
A análise do processo de transformação nas relações e nas condições de trabalho, na relação capital-trabalho, tanto no processo de produção, como no desenvolvimento das lutas de classes, pressupões a clara compreensão dos fundamentos do Modo de Produção Capitalista, na caracterização da sua fase monopolista, e do atual contexto de crise.
O projeto construído hegemonicamente nos anos pós-45, que conformou o que Harvey (1993) denominou por “regime de acumulação fordista/ keynesiano”, onde os interesses do capital são “permeados” por demandas trabalhistas, no que alguns autores chamaram de “compromisso” ou “pacto keynesiano.
Aquele regime (“fordista/keynesiano”) deve ser substituído por uma nova estratégia hegemônica. Uma estratégia que anule as conquistas trabalhistas e que permita a super-exploração do trabalho como um todo.
Essa nova estratégia sustenta-se em três pilares fundamentais necessariamente articulados, no atual contexto de crise e mundialização do capital:
a) a ofensiva contra o trabalho e suas formas de organização e lutas,
b) a reestruturação produtiva e
c) a (contra) reforma do Estado.
2 - OS IMPACTOS NA CONDIÇÃO DO TRABALHO E NAS LUTAS DE CLASSES
2 - 1 - Os impactos na condição do trabalhador
1. Direitos trabalhistas/salário (no Brasil de hoje) e “Custo Brasil” (valor da F.T.)
Costuma-se justificar a redução/precarização dos “direitos trabalhistas” e do salário na necessidade de diminuição do “Custo Brasil” (redução do valor da força de trabalho), o que permitiria aumentar o nível de emprego no país.
A redução/precarização dos direitos trabalhistas não traz diminuição do desemprego, pois este não depende do custo de produção, mas da relação produção/comercialização, oferta/demanda. Muito