AS ARTIMANHAS DA EXCLUSÃO E OS PROCESSOS PSICOSSOCIAIS DA EXCLUSÃO
OS PROCESSOS PSICOSSOCIAIS DA EXCLUSÃO
O fenômeno da exclusão nunca foi tão familiar quanto hoje. Passou a ser do cotidiano das diferentes sociedades, sendo ricas ou pobres, sinalizando o destino excludente de parcelas majoritárias da população. A psicologia social vê essa forma de agir pelo nível das interações entre pessoas e entre grupos, que dela são agentes ou vítimas, induzindo a uma organização de relações interpessoais ou intergrupos. Ela tenta compreender de que maneira as pessoas ou grupos que são objetos de uma distinção, são construídos como uma categoria à parte, colocando teorias sobre preconceito, estereótipo, discriminação, identidade social.
Muitas situações são descritas quando se trata de exclusão, que tem formas e sentidos variados. Sob um rótulo estão contidos inúmeros processo e categorias, uma série de manifestações que aparecem como fraturas e rupturas do vínculo social (pessoas idosas, deficientes, desadaptados sociais; minorias étnicas ou de cor; desempregado de longa duração, jovens impossibilitados de aceder ao mercado de trabalho, entre outros) onde estudiosos da questão concluem que do ponto de vista epistemológico, o fenômeno na exclusão é tão vasto que é quase impossível delimitá-lo.
Os excluídos não são rejeitados apenas física, geográfica ou materialmente, não apenas do mercado e de suas trocas, mas de todas suas riquezas espirituais, seus valores e representações não são reconhecidos. Faz-se necessário entender o que provoca a rejeição. Olhando para países de primeiro mundo nos anos 80, destacam-se as transformações no mundo do trabalho, originando a crise da sociedade salarial, no desemprego e da precária relação de trabalho como problemas centrais dessas sociedades, dando fim na ilusão de que as desigualdades sociais eram temporárias. Outro fato que requer atenção se dá aos comportamentos hostis ativados por uma situação de frustação os quais não se acabaram com o tempo. O impedimento de