As Artes De Governar Est O Ligadas Ao C Lculo
A compreensão de governo na modernidade não passa apenas por uma vaga transposição ou substituição da concepção de soberania, objetiva-se buscar os modos como a versão burguesa de governar ganhou foça a partir da base de que todos podem governar. A arte de governar situa-se no momento histórico em que governar deixa de significar a proteção do principado, e do Estado, para indicar uma nova finalidade que seria a manutenção da tranquilidade civil.
A ideia geral de governo não está ligada a racionalidade tecnológica, mas sim a reflexão filosófica grega. Segundo Platão governar não é simplesmente agir com base em leis, mas sim exercer a arte de comandar, no entanto a arte aqui pensada é o inverso da opinião de Platão. Somente a partir do século XVI que está arte deixa de estar acima das leis escritas.
A origem da arte de governar só pode ser compreendida se descartar a noção do cristianismo como negação da política, passando a arte de governar como etapa transformadora para uma nova forma de conceber o governo e os modos de governar.
Maquiavel entende que governar é fazer com que os súditos não consigam prejudicar o soberano, nem sequer pensem em tal hipótese. Para isso é importante que não os deixem ter acesso a meios de executar tais ações, o que gera bem-estar. Isso rompe as ideias dos gregos de bem comum e interesse público.
O discurso político de Maquiavel é também distante das proposições de governo na era medieval, pois após Santo Agostinho a noção de governo estava associada a reger, dirigir, conduzir um povo, o que segundo Maquiavel as noções de governo seriam a de dominação e negação do princípio pastoral. Não encontramos a arte de governar somente