Artigo4
POSSIBILIDADE DE REDESCRIÇÃO
Maria José Pereira Rocha*
“Se não vivêssemos perigosamente [...] tremendo a beira dos precipícios, não estaríamos nunca deprimidos, estou segura disto, mas seríamos cinzentos, fatalistas e velhos”. (V.Woolf, Diário: 2 Agosto de 192)
Resumo: este artigo cumpre o propósito de expor a crítica de Richard Rorty à teoria do conhecimento e ao mesmo tempo tecer a possibilidade de uma redescrição nos moldes rortianos. A primeira etapa do texto pontua a crítica deste filósofo com base no livro A filosofia e o espelho da natureza. A segunda trata do pensamento de Rorty na ótica de alguns autores e, finalmente, na terceira, faz-se uma tentativa de redescrição com o foco no filme As Mil e Uma Noites.
Palavras-chave: teoria de conhecimento, Richard Rorty, redescrição, cinema
Abstract: This article accomplishes the purpose of exposing Richard Rorty's critique to the theory of knowledge and the same time to weave the possibility of redescription in the Rortianos molds. The first part of the text punctuates that philosopher's critique based in the book The philosophy and the mirror of the nature. The second deals with Rorty's thought from the perspective of some other authors, and finally in the third stage, there is an attempt to do "redescription" with the focus in the movie The
Thousand and One Nights.
Keywords:Teory of knowledge, Richard Rorty, redescription, movies
A trilha que quero seguir neste artigo se desenha com base em três traços, quais sejam: no primeiro, quero apresentar a crítica de Richard Rorty à teoria do conhecimento, tendo como referência o seu livro A filosofia e o espelho da natureza; no segundo, uma revisão sucinta do pensamento deste autor na concepção de vários autores; e, no terceiro, uma tentativa de uma redescrição nos moldes rortianos.
Para começar, exponho uma breve biografia deste filósofo. Rorty nasceu em
Nova York, em 1931, filho de pais considerados