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Responsável: Saul Schaf
Órtese de Jeans para Desvio Ulnar dos Dedos
A articulação metacarpofalangeana (MCF) é comumente afetada na artrite reumatóide (AR), sendo sujeita a grande estresse durante movimentos constantes na função diária, como ao abrir e fechar potes e torneiras e ao picar alimentos utilizando-se faca. Com a progressão do processo reumatóide, o equilíbrio muscular normal é perdido e as estruturas do sistema ligamentar são atingidas, com conseqüente desenvolvimento de deformidades manifestadas por aumento do desvio ulnar. Uma vez ocorrido o desvio ulnar, as forças deformantes, desencadeadas por pressões externas
(manuseio de objetos com movimentos na direção ulnar) e/ou internas (desequilíbrio das estruturas articulares e musculares) acentuarão a deformidade. As pressões que contribuem para padrões de deformidade devem ser evitadas. A órtese de desvio ulnar tem como objetivo promover aumento da função e neutralizar a tendência das articulações MCFs desviarem-se ulnarmente durante a preensão, promovendo também estabilidade articular ao compensar parcialmente a frouxidão ligamentar e capsular.
A órtese promove tracionamento dos dedos para seu alinhamento central e assim reduz o desvio ulnar. Em razão da relação entre o uso da mão e o desenvolvimento dessa deformidade, a órtese indicada deve ser utilizada durante as atividades diárias(1,2,3,4).
Os materiais descritos na literatura como os mais utilizados atualmente na construção de órteses são os termoplásticos de baixa temperatura(5). Este material é utilizado nos atendimentos de terapia ocupacional realizados no ambulatório Bias Fortes, do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No entanto, para o tratamento de desvio ulnar, há baixa adesão ao aparelho confeccionado com este material, pois os pacientes o consideram “duro”, inflexível a ponto de restringir os movimentos, e que “machuca ao fazer as coisas”.
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