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Comecemos por o que é resistência, num caso, pode ser aquilo que está sendo bloqueado, num outro caso já que a resistência é um conceito relativo (...) um paciente está falando de coisas banais porque tem vergonha de ficar em silêncio e ter que revelar que nada tem a dizer. Temos então duas fugas em ação: ele está fugindo de algo que o torna silencioso e está encobrindo o silêncio falando de coisas banais. (...) lida com o silêncio como se este fosse um impulso proibido.
Para se analisar uma resistência, o paciente, primeiro, deve estar sabendo que há uma resistência em ação. A resistência tem que ser demonstrável e o paciente têm que se defrontar com ela. Em seguida, a variedade especial ou o detalhe preciso da resistência tem que ser muito bem enfocado. A confrontação e o esclarecimento são adjuntos necessários à interpretação para se analisar uma resistência, o paciente, primeiro, deve estar sabendo que há uma resistência em ação.
A resistência pode ocorrer quando um tratamento visa promover que o sujeito desloque partes da libido que estão inconscientes, e longe da realidade, tornando-as úteis para a realidade. “No ponto em que as investigações da análise deparam com a libido retirada em seu esconderijo, está fadado a irromper um combate; todas as forças que fizeram a libido regredir erguer-se-ão como resistência ao trabalho da análise, a fim de conservar o novo estado das coisas”.
Em continuidade ao caso da paciente dona M. nas ultimas sessões realizadas com ela, é possível diagnosticar a resistência como elemento presente no seu tratamento.
Sessão 06
Dona M. queixa-se da continuidade dos maus comportamentos de sua neta, que mesmo depois das primeiras sessões, ela continua agindo de forma errada.
P: Não estou me sentindo bem, não sei que medidas tomar. Dessa vez minha neta mexeu nas coisas de sua bisavó e meus filhos ficaram sabendo e ameaçam ela de um castigo ou agredi-la fisicamente. Dona M.