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“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito o universo, o universo curvo de Einstein” – Oscar Niemeyer.
Pois bem, vejam que a métrica do Niemeyer não é euclidiana e nem tão pouco riemanniana, é a métrica da percepção, aquela que enche os olhos, à primeira vista e, em seguida, libera o desejo do consumo, a fidelização do cliente. Os mágicos da inovação tem-se utilizado desse instrumento para o alcance de suas realizações e alguns, como Steve Jobs, foram capazes, além disso, de utilizar os produtos de suas realizações para a criação de ambientes de percepção - que belo círculo virtuoso!
A imagem visual torna-se elemento fundamental para o sucesso do produto, faz parte do estético, do mundo atual, do apelo ao cliente. A manifestação do cliente, por sua vez, vem se impondo como elemento principal da cadeia de desenvolvimento de produtos com sucesso de mercado. Eis que o segmento de serviço encontra lugar preponderante no mundo dos negócios. O manifesto de Theodore Levitt (1925-2006) “Miopia em Marketing” (1960) antecipa com zelo e precisão o papel preponderante do serviço na economia do mundo desenvolvido. Serviços compõem atualmente mais de 70% de agregado ao Produto Interno Bruto e empregos nos países do OCDE.
O exercício da inovação em serviços ou em segmentos da cadeia de valores de desenvolvimento de produtos relacionados a serviços, portanto, impõe-se como um grande desafio. Na formulação clássica de um negócio como uma cadeia constituída por atividades econômicas, com o único propósito de agregação de valores ao produto, como idealizada por
Michael Porter, o Produto é a grande estrela e o Serviço aparece no final da cadeia , apenas antes de ser o produto recebido