artigo
Segundo Fichte a última condição do processo de conhecer é a existência do eu como principio da consciência. É a existência do sujeito como centro que torna possível o conhecimento e lhe dá forma, pois é o sujeito que organiza o conhecimento do objeto, ao passo que este apenas se encaixa nos moldes da percepção humana. Schelling discorda de Fichte no que se refere à ideia de que a realidade exterior seria produto da concepção do eu. Para Schelling, existe um único princípio, uma coisa, isto é, o ser humano ou, mais geralmente, oque chamamos razão.
Palavras-chaves: Pensamento sistêmico, saber absoluto, Idealismo Alemão, Liberdade, Natureza, Razão.
Fichte foi um pensador sistemático. O pensamento sistêmico tem pelo menos três implicações. Primeira, que nosso conhecimento e juízos, seguem-se ou podem ser inferidos de pressuposições frequentemente não provadas e inconscientes. Segunda, que as estruturas fundamentais do saber estão conectadas. Se na terceira implicação, o saber, que as pressuposições subjacentes aos nossos conhecimentos e juízos e as estruturas que mediam entre eles podem ser reduzidos a um ponto de partida, um princípio, e dele podem ser derivados:
Epistemologia (tenta deduzir de uma determinação fundamental da consciência, não cabe aqui dizer de qual, todas estão necessariamente conectadas com uma principal. Assim, as exigências de princípio e de consistência do pensamento sistêmico são elevadas. Por mais estranha, problemática e até mesmo perigosa que essa exigência sistemática possa parecer ao nosso pensamento afeito ao pluralismo e refratário(Rebelde) à univocidade(Qualidade ou caráter de unívoco), para compreender-se o pensamento de Fichte é necessário refletir profundamente sobre esses problemas filosóficos, ou seja, a relação de multiplicidade vs. unidade, principalidade (Qualidade do que é principal) vs. Arbitrariedade(Procedimento caprichoso), e as respectivas consequências epistemológicas, mas também