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RESUMO
Um marco de texto e imagem na publicidade Brasileira, produzida e veiculada em fins de 1987, a peça publicitária da Folha de São Paulo, o comercial Hitler, foi considerado, no ano de 1988, um dos cem melhores comerciais de todos os tempos, sendo obra dos diretores Washington Olivetto e Gabriel Zellmeinsteir. A propaganda trás um teor de mistério com o surgimento de uns pequenos pontos pretos que aparecem à tela da TV e, em alguns segundos, centenas de outros pontos formam um retrato em branco e preto. Posteriormente, apenas uma voz ao fundo fala dos feitos de um homem com sua nação, criando uma grande expectativa no receptor que acaba se surpreendendo com a imagem do ditador. A obra apresenta um discurso muito curioso, criativo e instigante.
Palavras chaves- Propaganda- Hitler- Recepção televisiva.
Introdução
A propaganda televisiva, que já foi chamada de “reclame” era algo que desagradava o telespectador, fazendo-o mudar de canal a cada intervalo. Porem, com o aprimoramento e com técnicas do cinema, passou a exercer fascínio na cultura brasileira. A publicidade procura sempre acompanhar a competitividade e as transformações no mercado, buscando sempre novas estratégias para diferenciar o produto do seu cliente dos demais. Conhecer o consumidor é fundamental para ajustar a mensagem ao seu público, cada vez mais segmentado, porém, além de conhecer as necessidades do receptor, é preciso conhecer os significados construídos por ele a partir da interação com a mídia.
Nesse sentido, a recepção é um processo social complexo em que indivíduos interagem com outros e também com os conteúdos midiáticos, dando sentido às mensagens de uma forma ativa, e as adotando com atitudes muitas vezes diversas e usando-as diferentemente no curso de suas vidas.
Estudar a recepção reconhecendo o receptor como sujeito essencial para o processo comunicativo gerou um novo modelo teórico e uma