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A Lei n.º 10.167, do ano 2000, proibiu a propaganda e promoção de produtos derivados de tabaco na mídia, restringindo essas ações aos seus pontos de venda. Com isso, até agora, as técnicas de atração para o produto nos pontos de venda sofisticaram-se, assim como as embalagens de cigarros.
O ponto de venda é privilegiado para a publicidade, pois é o momento em que o consumidor tem poder de escolher como e onde empregar seu dinheiro. Um produto bem posicionado e com uma boa publicidade é capaz de conquistar o consumidor no ato.
No Brasil, além de os fabricantes usarem displays criativos, com formas coloridas, temos observado um incremento na exposição e oferta de produtos promocionais que despertam o interesse dos jovens.
A parte mais pesada de um orçamento de uma campanha de publicidade é a veiculação em mídia, especialmente a TV. Surpreende, então, saber que as verbas para marketing da indústria do tabaco tiveram um aumento considerável, mesmo sem haver anúncio nos meios de comunicação? Não, porque as empresas de cigarro passaram a apostar nas embalagens e nos pontos de venda.
A embalagem dos produtos de fumo é parte da publicidade, seu principal veículo de comunicação com o consumidor. Em razão disso, os fabricantes têm investido cada vez mais em embalagens sofisticadas com o objetivo de atingir o público jovem e até o infanto-juvenil. Além das embalagens atrativas, os fabricantes usam outros produtos, junto com o cigarro, para torná-los ainda mais desejados, como isqueiros, mochilas e bases para iPod. Logicamente, esses itens vêm embalados em caixas coloridas, por preços módicos, o que estimula ainda mais o consumo de cigarros.
Países como Austrália e Canadá têm interessantes políticas públicas de saúde no que diz respeito às embalagens. No Canadá, é proibida a publicidade de cigarros nos pontos de venda, os produtos não ficam à mostra e as embalagens têm advertências de ambos os lados. Na Austrália, 14 mensagens