Artigo
Nicolau Sevcenko
A Revolta da Vacina reconstitui um dos episódios menos compreendidos porém mais significativos da Primeira República. Em 1904, uma onda violenta de insatisfação popular paralisa o Rio de Janeiro durante a campanha de vacinação contra varíola. Nicolau Sevcenko, renomado estudioso do período, amplia a significação dos acontecimentos e revela tensões históricas profundas. De um lado, o bloco dos donos do poder, da especulação imobiliária e de uma ciência pouco sensível ao impacto desumano de sua aplicação autoritária. De outro, grupos organizados de cidadãos e uma população anônima que vinha sendo sistematicamente despejada do centro da cidade pela reforma urbana do prefeito Pereira Passos.
Como é recorrente em nossa história, o saldo foi negativo para o campo popular. Mortos. Líderes revoltosos duramente punidos. A repressão aproveitou para desterrar grupos de excluídos para a Amazônia. Ao rememorar os destroços sociais da Revolta da Vacina, o autor ilumina episódios semelhantes da vida brasileira e faz uma denúncia de seu imenso custo social e humano.
A Revolta da vacina: Mentes insanas em corpos rebeldes.
SEVCENKO, Nicolau. A Revolta da vacina: Mentes insanas em corpos rebeldes. Scipione, São Paulo, SP, 2001.
Isabela Magalhães
Juliana Pinho
Kallyna Helena Marcolino
Luiz Felipe Batista Genú
Nathalia Bezerra Soares de Melo
Rafael de Andrade
A Revolta da Vacina é um tema que chama a atenção devido a suas particularidades, como a ampla participação da população e a violência dos embates entre revoltosos e as forças de repressão, ocorridos nas ruas da capital federal da época. Entender a verdadeira motivação de um movimento tão intenso e que conseguiu abranger uma gama tão variada de pessoas destaca-se como algo fundamental para a real compreensão não apenas sobre a revolta, mas também a respeito dos primeiros anos da republica brasileira. Com o objetivo de chegar às causas mais profundas da rebelião e,