Artigo
Até que um dia nos acorre um sentimento de revolta, decidimos reagir contra esta situação e somos levados a jogar fora diversas destas coisas. E é aí então que cometemos mais um de nossos enganos: não existe o jogar fora. É claro que jogamos fora de nossa casa strictu sensu, aquele pequeno território delimitado por muros ou cercas dentro do qual está a construção em que residimos, mas não de nossa casa latu sensu que é o planeta. E assim, achando que estamos nos livrando das marcas pegajosas do consumismo, vamos atulhando cada vez mais o mundo com quinquilharias que sobram de nossos desejos que um dia foram atiçados por poderosas e eficazes máquinas publicitárias cujo único objetivo é nos tornar escravos de objetos que muitas vezes, não têm a mínima serventia para nós.
É preciso urgentemente combater este modelo capitalista de consumo em que vivemos, pois ele cria em todos nós uma sensação de que nada somos se não consumimos em profusão. A liberdade que buscamos deveria ter uma maior amplitude e se referir