Artigo: a visão das comissões de especialistas do exame nacional de cursos
Mário de Sousa Araújo Filho
Departamento de Engenharia Elétrica do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba
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RESUMO
O Exame Nacional de Cursos (ENC) vem sendo aplicado desde 1996 como um dos instrumentos de aferição da qualidade dos Cursos de Graduação do país.
As diretrizes do Exame, definidas por comissões de professores especialistas (Comissões de Curso), estabelecem: objetivos do ENC para o curso, perfil desejado do graduando, competências, habilidades e conteúdos que o formando deve ter desenvolvido e/ou adquirido ao longo de sua vida acadêmica, formato da prova que teste as expectativas delineadas.
A aplicação do ENC, baseada nessas diretrizes, tem contribuído para a reflexão sobre os perfis profissionais a construir e quanto ao currículo/projeto pedagógico capaz de desenvolver as competências e habilidades coerentes com o perfil definido.
Este trabalho focaliza, a partir da visão das Comissões de Curso, a valorização conferida à formação humanística do Engenheiro.
Considerando os objetivos específicos do ENC, os perfis profissionais apontados para os graduandos das engenharias (Civil, Química, Elétrica, Mecânica), e as habilidades a serem testadas, objetiva-se: a. identificar atitudes e competências adquiridas e/ou desenvolvidas através de estudos e atividades nas áreas de Humanidades e de formação geral, consideradas relevantes para o profissional de Engenharia das citadas habilitações; b. correlacionar tais atitudes e competências aos projetos pedagógicos desses cursos, para atender às habilidades e perfis delineados para os graduandos.
1. INTRODUÇÃO.
A avaliação da universidade é um processo da maior importância para o planejamento e a (re)orientação de políticas para a educação superior nos vários