Artigo sobre homofobia
Por Marcelo Hailer Cerca de 80 ativistas do movimento LGBT se reuniram nesta terça-feira (17), às 18h, na Praça da Sé, região central de São Paulo, para apoiar publicamente a votação do PLC 122/ na Comissão de Direitos Humanos no Senado, que aconteceria nesta quarta-feira (18). Porém, por volta das 18h45 chegou a informação de que o requerimento de apensamento do PLC, proposto pelo senador Eduardo Lopes (PRB-RJ), havia sido aceito por 29 votos a favor e 12 contra. Na prática, isto significa o fim do projeto pois, agora, ele passa a tramitar juntamente com a reforma do Código Penal. Apesar do clima pesado, os ativistas presentes conversaram com a reportagem de Fórum e declararam que “não há recuo”.
Luís Arruda, advogado e ativista LGBT, acredita que o apensamento do PLC 122 ao Código Penal é um “absurdo”. “O senador Paim (PT-RS, atual relator do projeto) retirou um artigo que modificava o Código Penal pra que isso não pudesse acontecer. Então, nada no PLC alterava o Código Penal. Esse apensamento é político e não tem nada a ver com o regimento interno do Senado”, observa Luís. “Ou as pessoas param de votar em fundamentalistas ou nós vamos acabar igual ao Irã. A não ser que as pessoas queiram viver no Irã, no Afeganistão, pois é isso que vai acontecer, ou talvez uma Rússia. São países onde as pessoas não têm liberdade, não podem falar o que pensam. Então, o povo tem que começar a pensar”, protesta.
Phamela Godoy, coordenadora adjunta de Políticas LGBT da Prefeitura de São Paulo, avalia que o momento político é “muito complicado”. “Apensar o PLC 122 no Código Penal é um retrocesso. Acredito que agora o movimento tem que se organizar em torno da pauta. É uma estratégia pra não aprovar, a questão da homofobia não vai ser efetivada”, observa Phamela. Sobre apresentar um novo texto que trate da criminalização da homofobia, Godoy não acredita ser o