Musica Na igreja
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Por meio dessas palavras, Agostinho expressa seu temor de cometer erros com o uso da música. Na verdade, existe uma tênue linha que separa os benefícios da música na igreja dos perigos de seu mau uso. Tendo em vista a corruptibilidade humana e a nossa susceptibilidade aos enganos dos sentidos, torna-se fundamental uma constante análise de como temos utilizado a música em nossos cultos e reuniões eclesiásticas. Assim como é necessária uma luta por uma vida santa, é necessário um esforço desmedido para se utilizar a música convenientemente no meio do povo de Deus.
I. O QUE É MÚSICA?
A música tem sido definida como a “arte e ciência de combinar os sons de modo agradável ao ouvido”. Só por este conceito, já se tem uma noção da complexidade do assunto; pois o que é realmente agradável ao ouvido? Esta pergunta encontra respostas completamente subjetivas, uma vez que o que é agradável ao ouvido de um não é necessariamente agradável ao de outro. Poderíamos ainda definir música como uma seqüência (artistica-mente criada e cientificamente pesquisável), de sons e silêncios que formam um todo coerente.
A igreja freqüentemente considera a música como um dom. Porém, ela não é um dom. Em nenhuma das listas de dons espirituais no Novo Testamento há a menção da música. Seria mais próprio se sempre a referíssemos como um talento, dentro do seguinte critério: os dons são dados pelo Espírito Santo aos crentes para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11,12). Somente os salvos pela obra redentora de Cristo recebem esses dons. Já os talentos, que também são dádivas divinas, são confiados também aos ímpios como fruto da graça comum.
A música deve ser encarada como um meio e não como um fim. Ela conduz a algum objetivo ou alvo, que pode variar desde a glória de Deus até à glória do próprio homem ou do diabo. Os objetivos também podem ser entretenimento, aprendizado, crítica,