Artigo serviço social
PROCESSO DE RENOVAÇÃO CRÍTICA DA PROFISSÃO A PARTIR DA
DÉCADA DE 1980 NO BRASIL.
VALÉRIA COELHO DE OMENA*
INTRODUÇÃO
O Serviço Social é uma profissão cujo processo de construção não aconteceu de forma contínua e linear, da sua gênese à sua trajetória sócio-histórico, possuem características complexas, que nem sempre são apreendida e compreendida pela sociedade e até mesmo dentro da própria categoria há apreensões divergentes quanto ao seu processo de transformação e atuação profissional.
Neste texto pretendemos apreender como uma profissão que surge no seio da Igreja Católica, que teve sua base teórica os conceitos morais, confessional do
Neotomismo, em meio a uma conjuntura sócio-histórica e contexto institucional, tem hoje em sua fundamentação teórica e prática o método dialético de Karl Marx
Para entender todo esse processo de renovação crítica do Serviço
Social se faz necessário pontuarmos a denuncia do conservadorismo profissional, iniciada ainda na década de 1960 e desenvolvida nas décadas de 1970 a 1980, sob a influencia do Movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino Americano, contextualizando a conjuntura histórica da época no mundo e principalmente na
América latina.
DESENVOLVIMENTO
1.1 O CONSERVADORISMO PROFISSIONAL
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O Serviço Social tem em sua gênese, na sociedade capitalista monopolista, mediante as necessidades da divisão sócio-técnica do trabalho, marcado por um conjunto de variáveis que vão desde a alienação, a contradição ao antagonismo.
Neste contexto, no Brasil, o Serviço Social buscou afirmar-se historicamente como uma prática de cunho humanitária, através da legitimação do Estado e da proteção da
Igreja, a partir da década de 1940.
O Conservadorismo profissional pode ser identificado na prática profissional desta época, onde ação profissional consistia em forma de intervir na vida dos trabalhadores, ainda que sua base fosse à atividade assistencial;