Artigo não me encoxa que eu te furo

O artigo “Não me encoxa que eu te furo” faz menção a ação que as mulheres tomaram para se prevenir do abuso sexual nos transportes públicos de São Paulo, onde cada uma delas deveria carregar um alfinete consigo e usa-lo contra seu agressor no momento em que ele agisse. Ao dar sua opinião, Ingrid Cyfer, autora do artigo, deixa claro que não critica o movimento em si, mas a forma como ele é aplicado. Sendo a alfinetada uma clara expressão de autodefesa e prevenção contra danos maiores, é sim uma boa forma da mulher se defender em casos de abuso como esse, mas o movimento não deveria ser imposto individualmente. Ou seja, sendo alta a porcentagem de abusos sexuais praticados contra mulheres em qualquer que seja a circunstância, Ingrid defende que a ação contra isso deveria ser de mobilização popular, assim como foi a aprovação da Lei Maria da Penha e a criação de cotas para mulheres em partidos políticos, pois, dessa forma, teria um poder público muito maior e seu acesso às esferas midialógicas também seria de grande porte, criando uma popularidade e conscientização maior. Concordo de certa forma, com a opinião da autora no sentido de que esse movimento deveria gerar uma mobilização maior para que fosse efetivo, mas também apoio a ação individual e iniciativa que essas mulheres tiveram. Como usuária de transporte público e, acima de tudo, mulher, posso claramente compreender o resultado almejado por elas e entender também que em caso de força maior, não temos defesa em relação a tais abusadores, sobrando apenas tomar medidas extremas para que seja imposto o mínimo de respeito que já deveria estar sucedendo, levando em conta a quantidade de reclamações e relatos cada vez maiores que vemos, e fazemos, com relação a casos como esse.