não me encoxa que eu te furo

COMENTÁRIO “FEMINISMO E O NÃO ME ENCOXA QUE EU TE FURO”.

O artigo escrito pela professora Ingri Cyfer, professora de ciência política na Universidade Federal de São Paulo, tange um tema de extrema relevância na atualidade, a luta contra o sexismo. O artigo noticia e critica a atuação do movimento “mulheres em luta” uma organização feminista cuja as integrantes estavam distribuindo alfinetes no metro promovendo a campanha “não me encoxa que eu te furo”. O objetivo e a finalidade desse movimento era dar visibilidade e destaque mobilizando a população para um problema muito sério que é o abuso sexual de mulheres em transportes públicos, e apesar do objetivo estar muito bem colocado, e todo o propósito do movimento ter uma finalidade extremamente válida, a execução da estratégia foi um equivoco por parte das integrantes. É claro que uma mulher tem o direito e deve se defender contra agressões desse tipo, mas, ao promover e incentivar essas ações de defesa em casos individualizados, concretos e particulares o movimento do “não me encoxa que eu te furo” esta transferindo o problema para uma esfera particular, de defesa e justiça por mãos próprias, quando na verdade, o problema de abuso sexual é um caso de discriminação por gênero, se trata de um problema social que deve ser tratado como tal, com reivindicações do poder publico, e reeducação e conscientização da sociedade. A questão é que as feministas desse movimento especifico estão tentando dar uma solução imediata a um problema que só será resolvido a longo prazo, pois é uma questão cultural exacerbadamente enraizada no cerne de nossa sociedade e na nossa dinâmica cultural. O Brasil está lenta e gradualmente tendo progresso em relação a discriminação de gênero, entretanto, ainda é um fator preocupante que requer do governo e do âmbito social atenção , sem duvida o abuso sexual nos transportes públicos exige respostas urgentes, porém nenhuma urgência justifica soluções imediatas vazias que não tem o poder de