artigo metodos de investigação
Maria-João Alvarez2
João Nogueira3
Resumo: O objectivo deste estudo foi o de clarificar, através de questionários, que comportamentos se associam a ter sexo, a parceiro sexual e a infidelidade e explorar factores preditores das definições encontradas, comparando os resultados de uma amostra de 152 estudantes universitários portugueses com os resultados de amostras de outros países. Ter relações sexuais revelou-se sinónimo de relações pénis-vagina (> 95%) e de sexo anal (91-92%). Ao contrário de resultados encontrados noutras amostras, os contactos orogenitais foram considerados como uma forma de ter sexo (78-84%). A amplitude das definições mostrou-se diferente, sendo possível ter um comportamento de infidelidade sem ser um parceiro sexual e ser considerado um parceiro sexual sem que exista sexo entre duas pessoas. Encontraram-se poucas diferenças, de acordo com o género, e a existência de orgasmo afectou as definições de ter sexo e de parceiro sexual. Conclui-se ser essencial explicitar o que se entende pelos termos sexuais utilizados na investigação e discutem-se implicações para a prevenção de comportamentos sexuais de risco.
Palavras-chave: definições sexuais, estudantes universitários, ter sexo, parceiros sexuais, infidelidade.
Sexual definitions’ of university students (Abstract): The purpose of this study was to clarify, using questionnaires, the behaviour associated with having sex, sexual partners and infidelity. It was also the aim to explore the predicting factors of the definitions found, comparing the results of a sample of 152 Portuguese university students with the results of samples from other countries. Our findings suggested that having sex meant penis-vagina relations (> 95%) or anal sex (91-92%).
Contrary to the results found in other samples, the oral-genital contacts were considered an instance of having sex (78-84%). The range of definitions differed since it is possible