Artigo Final 1
André Petris Gollner2
Roberta Baldo Bacelar3
Faculdade Anhanguera de Taubaté, Taubaté – SP
Resumo
Através do registro do olhar de Paulo Florençano, este estudo busca resgatar a história da Revolução de 1932. Por meio de entrevistas e da pesquisa documental realizou-se a análise de fotografias de um álbum, disponível no Museu da Imagem e do Som – MISTAU, de Taubaté, a fim de compreender as mensagens visuais como produtos comunicacionais, apresentada por Iluska Coutinho. Para a realização deste estudo, partiu-se da perspectiva e da linha teórica que estabelece a imagem como um documento. A observação e a análise de 180 fotografias contidas no álbum de Florençano permitiu que fosse feita uma leitura do movimento revolucionário ocorrido em São Paulo, com batalhas na região do Vale do Paraíba, através de uma visão bastante próxima ao governo, não somente – mas também – incluindo fotos oficiais.
Palavras-chave: Fotografia, Memória Histórica, Revolução de 32.
Introdução
Como afirma Assunção (2013) diferentes autores já abordaram a Revolução Constitucionalista de 1932. Todavia, diante da importância política e histórica do levante paulista o tema não se esgota e ainda desperta interesse. Para Rodrigues (2009, p.19) “a expressividade dessa ‘memória viva’, defendida por pessoas, entidades oficiais e associações de ex-combatentes, pode ser aferida a partir da extensa lista de publicações de memorialistas”.
Ainda em Assunção (2013), “olhar o passado pressupõe também saber recorrer a fontes do tipo variado, tendo consciência de que cada documento permite uma possível avaliação do fato”. E é com este intuito, uma outra visão dos dois meses do conflito que envolveu civis e militares paulistas e forças de apoio à Getúlio Vargas, que este artigo se propõe, ao se debruçar sobre um álbum de fotografias com fotos originais da época. Em excelente estado, o documento se