artigo de uma revista
10/05/2011
O discurso da inovação está em todos os lugares: nos governos estaduais recém-empossados, em vários ministérios do governo federal, na Confederação Nacional da Indústria (CNI) e nas federações estaduais. Mas por que esse discurso, ou melhor, as práticas inovadoras não mobilizam os profissionais da educação e suas instituições?
Países desenvolvidos que já deram um salto educacional têm incentivado a criatividade e incrementado a capacidade de inovar de seus estudantes e professores. Isso acontece porque tais nações já perceberam que estamos em uma sociedade do conhecimento, na qual a informação é matéria-prima abundante que precisa ser transformada pela criatividade e pelo espírito inovador em serviços e produtos.
No último Programa Internacional de Avaliação de Aluno (Pisa) - que mede a capacidade de leitura e o aprendizado de estudantes de 15 anos de idade sobre matemática e ciências de 65 países -, o Brasil ocupou a vergonhosa 53ª posição. Numa tentativa de melhorar a educação no País, o governo federal encaminhou para aprovação do Congresso o Plano Nacional de Educação para os próximos 10 anos. Esse plano pretende fixar o investimento na área em 7% do PIB, dois pontos percentuais acima do praticado atualmente.
O aumento é necessário
Sem educação não há mão de obra qualificada, sem qualificação não há melhores salários. Ou seja, sem educação e qualificação continuaremos com sérios problemas de distribuição de renda no País. O problema vai além e é cíclico. Sem educação e qualificação estamos, ainda, fadados a inovar cada vez menos, movimento que reduz a competitividade nacional. Como consequência, os salários diminuem e cresce a má distribuição da renda. Voltamos, portanto, ao início da questão.
A pesquisa de inovação tecnológica (Pintec), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada recentemente, mostrou que, das 106,8 mil empresas pesquisadas, 41,3 mil implementaram