Artigo curva permanencia
Estimativa da Disponibilidade Hídrica Através da Curva de Permanência
Jussara Cabral Cruz
Universidade Federal de Santa Maria jussaracruz@pesquisador.cnpq.br Carlos Eduardo Morelli Tucci
Universidade Federal do Rio Grande do Sul tucci@iph.ufrgs.br Recbido: 04/12/06 — revisado: 10/09/07 — aceito: 12/12/07
RESUMO
O gerenciamento sustentável dos recursos hídricos pressupõe a regulação do uso das águas mediante o conhecimento da oferta hídrica da bacia hidrográfica e do balanço do mesmo frente às demandas de uso e de conservação ambiental.
Considerando a variação temporal e espacial das vazões dos rios, juntamente com a demanda, a estimativa adequada da disponibilidade hídrica é fundamental para a eficaz implantação dos instrumentos de gestão, destacadamente a outorga.
A disponibilidade hídrica ou a vazão num rio depende da variabilidade temporal expressa por várias funções hidrológicas. A curva de permanência é uma função que caracteriza a freqüência da oferta das vazões, o que permite avaliar a disponibilidade frente às demandas de um rio. Este artigo avalia dois critérios utilizados para estimativa da curva de permanência e mostra a diferença nos resultados referentes à estimativa de disponibilidade em treze estações fluviométicas no
Rio Grande do Sul. Pelas diferenças de estimativas entre os métodos estudados da “série toda” e o do “ano a ano” os resultados mostram que o primeiro - com mais freqüência utilizado para as estimativas de vazões - pode não ser o mais adequado à instrução de processos de outorga, pois considera como referência o limite inferior do valor esperado da vazão de referência adotada.
Palavras-chave: : disponibilidade hídrica, curva de permanência, sazonalidade.
INTRODUÇÃO
internacionais de Joahannesburg estabeleceram mecanismos com a gestão integrada dos recursos hídricos e os Planos dos países como caminhos para a gestão