Artigo Cristiane Cosenza
A sustentabilidade na arquitetura de varejo: uma crítica à maquiagem verde Cristiane Külzer Cosenza – cristianecosenza@hotmail.com
Especialização em Iluminação e Design de Interiores
Instituição de Pós-Graduação - IPOG
Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2015
Resumo
Este artigo tem como objetivo a divulgação da metodologia para o desenvolvimento de projetos sustentáveis na arquitetura de varejo, buscando assim, o do fim da prática de maquiagem verde (ou em inglês “greenwashing”). Em Porto Alegre houve um aumento visível de comércios com viés ecológico, porém na maioria dos casos as práticas de projeto não passam de maquiagem verde. Este artigo visa informar o que é realmente um projeto sustentável e ressaltar a importância do profissional para concretização da sustentabilidade.
Os dados foram obtidos através de bibliografia, pesquisa com 50 arquitetos e designers de interiores em portal na internet e estudo de caso na loja C&A ECO em Porto Alegre. As análises dos dados coletados na pesquisa demonstram que 100% dos entrevistados sabem o que é arquitetura sustentável, porém a maioria não a tem como diretriz projetual. As práticas de sustentabilidade estão ligadas à especificação de materiais, sem haver amplo conhecimento sobre seu o ciclo de vida e preocupação com a gestão dos resíduos gerados pela obra. A partir do trabalho realizado é possível concluir que o setor varejista está ciente de sua importância para a promoção da sustentabilidade e necessita de arquitetos de varejo capazes de realizar projetos realmente sustentáveis. Porém, a maioria dos profissionais ainda carecem de orientação e qualificação para atender a essa demanda.
Palavra-chave: Arquitetura de varejo. Arquitetura comercial. Sustentabilidade. Maquiagem verde. Introdução
No ano em que a natureza dá sinais claros de esgotamento, e que será marcado pela busca de soluções em curto prazo para o colapso hídrico na região sudeste do Brasil, as práticas sustentáveis vêm novamente à tona. No cenário da