Artigo Científico
FACULDADE REGIONAL DO VALE DO AÇO – FARV
RESUMO DO TEXTO: AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS – CONSIDERAÇÕES METODOLÓGICAS
IPATINGA
ABRIL DE 2013
BREVE HISTÓRICO DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS
A avaliação neuropsicológica das FE teve início com a observação de pacientes com lesões frontais e alterações comportamentais subsequentes a essas lesões. No século XIX, Harlow descreveu as alterações comportamentais de Phineas Gage e em 1848, Gage trabalhava como engenheiro ferroviário em Nova Inglaterra, nos EUA. Por acidente, ele detonou o explosivo e a barra de ferro atravessou o seu crânio, para surpresa de todos, Gage não morreu e tampouco perdeu a consciência. O calor da barra cauterizou a ferida em cérebro. Gage sofreu mudanças profundas. De um empregado exemplar, passou a ser irresponsável e com comportamento socialmente inadequado. John Harlow, médico que o acompanhou aventou que Gage havia sofrido lesões nos lobos frontais e que essa região é responsável por planejamentos e a execução de comportamentos socialmente adequados.
A moderna era da avaliação neuropsicológica das FE teve início com os trabalhos pioneiros de Luria, para ele o lobo frontal centraliza a responsabilidade por planejamentos, programação, regulação e verificação do comportamento intencional. Burgess e Simons (2005) classificaram as diferentes teorias sobre funções executivas em teorias de sistema único, teorias baseadas em construtos, teorias de processamento múltiplo e teorias de sintoma único.
As teorias que consideram as FE como um sistema único, seriam aquelas que propõem que o dano em um único processo ou sistema seria responsável por uma gama de diferentes sintomas disexecutivos. As teorias baseadas em constructos seriam aquelas que se fundamentam em conceitos, como “memória operacional”, que seriam conceitos centrais às funções executivas e buscam estruturas cerebrais envolvidas nesses