Artigo cientifico
Transtornos alimentares na infância e na adolescência
Eating disorders in childhood and adolescence
Juliana de Abreu Gonçalves1, Emilia Addison M. Moreira2, Erasmo Benício S. de M. Trindade3, Giovanna Medeiros R. Fiates4
RESUMO
Objetivo: Discutir os transtornos alimentares em crianças e adolescentes quanto às suas características e fatores de risco.
Fontes de dados: A pesquisa de artigos foi realizada nas bases de dados PubMed e SciELO pela combinação dos termos
‘crianças’, ‘adolescentes’, ‘comportamento alimentar’, ‘transtorno alimentar’, ‘bulimia’ e ‘anorexia’, nos idiomas português e inglês.
Foram considerados os artigos publicados entre 2007 e 2011, sendo selecionados 49 que analisaram o desenvolvimento do comportamento alimentar e de seus transtornos, a anorexia e a bulimia nervosa e os transtornos alimentares não especificados.
Síntese dos dados: Os transtornos alimentares, em especial os não especificados, mostraram-se comuns na infância e na adolescência. Sua presença foi atribuída principalmente ao ambiente familiar e à exposição aos meios de comunicação.
As comorbidades psicológicas muitas vezes acompanhavam o diagnóstico do transtorno.
Conclusões: Dentre os fatores de risco para os transtornos alimentares, destacaram-se a mídia e os ambientes social e familiar. A influência da mídia e do ambiente social foi associada, principalmente, ao culto à magreza. Já no âmbito familiar, o momento das refeições mostrou-se fundamental na determinação do comportamento alimentar e no desenvolvimento de seus transtornos. Os transtornos alimentares se associaram a problemas nutricionais (déficit no crescimento e ganho de peso), à saúde bucal (queilose, erosão dental, periodontites e hipertrofia das glândulas salivares) e aos prejuízos sociais.
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis,
SC, Brasil
1
Graduanda em Nutrição; Bolsista do Programa Especial de Treinamento
(PET) em