ARTIGO CHLAMYDIA TRACHOMATIS
Chlamydia tracomatis é uma bactéria intracelular obrigatória sexualmente transmitida. Pode migrar no organismo feminino da porção mais baixa do seu trato genital, causando danos nos tubos falopianos e aumentando o risco de uma gravidez ectópica e de infertilidade tubária. É uma bactéria gram negativa e sua parede celular contém lipopolissacarideos. Sem administração de antimicrobiano apropriado, esse microorganismo pode persistir no epitélio do trato genital por anos, ou seja, ela é um parasita antigênico fraco que provoca suave resposta inflamatória que persiste assintomaticamente, otimizando suas chances de transmissão. Assim, seu alto nível de infectibilidade se deve a sua habilidade assintomática.
Foi estabelecido que a imunidade por TH2 controla alergias, helmintos e outros patógenos extracelulares que causam persistente e repetitiva estimulação de células T, mas não induz a exuberante inflamação causada pela imunidade por TH1 e TH17. As C. trachomatis persistem no epitélio do trato genital feminino mas não provocam ostensiva inflamação tecidual, levando-nos a defender que a imunidade é mantida por TH2 responsável por controlar o crescimento bacteriano, mas minimiza o dano imunopatológico para o tecido reprodutivo vital do trato anatômico.
A resposta imune inata é a primeira linha de defesa do hospedeiro contra patógenos, e segue com a formação de respostas imunes adaptativas mais especializadas. Células dendríticas e outras células imunes inatas expressam distintos conjuntos de moléculas co-estimulatórias e citocinas que desencadeiam ativação de células TCD4+ , três das quais são denominadas TH1, TH2 e TH17. Células TCD4+ estimuladas a formar células TH1 então secretam altos níveis de IFN-γ , ativando macrófagos ( ativação clássica) para fagocitar e eliminar os micróbios que desencadearam o recrutamento de TH1. Células TCD4+ estimuladas por TH1