Artigo 4 Manual Do Lider
É difícil inovar e ser competitivo gerenciando por meio do Método Desastre de
Trem
No livro “O Manual do Líder”, 1999, Peter R. Scholtes relata a evolução da gerência nos negócios, partindo de 1840, da “Gerência Desastre de Trem” e caminhando até sua versão evoluída chamada de “Gerência por Objetivos” e as outras formas de gerência criadas. A parte mais interessante do estudo é a explicação das razões históricas que levaram a ampla adoção da Gerência Desastre de Trem e sua mais famosa e difundida ferramenta – o organograma. Scholtes inicia seu relato com um acontecimento interessante. Em outubro de 1841, dois trens de passageiros da Western Railroad colidiram em algum ponto entre Worcester,
Massachusetts e Albany, Estado de Nova Iorque, matando o maquinista e um passageiro, e ferindo outros dezessete. Tal desastre marcou o início de uma nova era (Chandler, 1977).
Com a revolução industrial, os proprietários deixaram de executar todo o trabalho de suas oficinas ou de acompanhar seus aprendizes e auxiliares e passaram a contratar engenheiros que construíssem máquinas para a produção em massa. E a partir de 1830, passaram a também distribuir seus produtos em massa, com o advento do trem.
Esta época foi de profundas e traumáticas mudanças para os empresários, a qual exigiu uma reformulação completa de suas premissas e práticas de trabalho. Já não era mais possível controlar uma organização dispersa geograficamente utilizando técnicas desenvolvidas para empresas de “fundo do quintal”.
No século XIX, com exceção do Exército e da Igreja, havia poucos modelos conhecidos de organizações dispersas geograficamente. Pela sua natureza, as ferrovias foram o primeiro setor a aprender a gerenciar nesta nova era. Nos EUA, a Western Railroad foi a primeira a se ampliar além das fronteiras regionais e a contar com uma programação complexa e vários trens na mesma linha. Por este complexo sistema, também foi a primeira a sofrer um