Articulação entre fé e razão no pensamento medieval
RA: 13445945
FÉ E RAZÃO NO PENSAMENTO MEDIEVAL:
ARTICULAÇÕES ENTRE FILOSOFIA E TEOLOGIA
Relatório Final apresentado ao Prof. Dr. Marcos
Lisboa do Departamento de Filosofia do CCHSA da PUC-Campinas.
CAMPINAS-SP
DEZEMBRO DE 2013
FÉ E RAZÃO NO PENSAMENTO MEDIEVAL
Nesse texto me aterei ao que permaneceu de substancial a partir das leituras realizadas. Deste modo, discorrerei tendo como diretriz as articulações entre filosofia e teologia na Idade Média, refletindo e me posicionando a partir do pensamento de
Agostinho e Tomás de Aquino.
Podemos elencar como motivos da importância de Deus na filosofia medieval os inúmeros problemas de ordem metafísica, política, filosófica, teológica e cultural sobre: o surgimento do cosmos, da matéria e o sentido da existência do homem; o problema das politeses oriundo do politeísmo grego; Deus como causa primeira de todas as coisas contingentes; os critérios e a base do conhecimento e acesso às “noções de verdade” (sendo Deus a verdade revelada para qual converge todo forma de conhecimento, seja de ordem fideísta ou racionalista); Deus como regulador e unificador da polis (tanto no âmbito político quanto religioso, de modo que a virtude maior passar a ser a realização do bem pela imitação de Cristo, modelo de homem da nova Paidéia); os conceitos de moral e ética com base na obediência dos dogmas e da doutrina Cristã; a junção entre Estado e Igreja pela unificação da fé Cristã e consolidação dos valores da cultura helênica através da assimilação desta pelo cristianismo; a mudança da cosmovisão do homem (agora não mais cosmocêntrica, contudo antropocêntrica segundo o humanismo cristão), etc.
Analisando a relação entre Fé e Razão, e, por conseguinte, filosofia e religião, notamos que tal conjuntura não é exclusividade da Idade Média, porém é nesse período que se dá o ápice do entrelaçamento harmonioso entre a cultura grega e o cristianismo num processo de contribuição mútua sobre