Articulação do Livro O Normal e o Patológico com o documentário Estamira.
Para a medicina egípcia a doença entra e sai do homem como por uma porta.
A descoberta das toxinas e o reconhecimento do papel patogênico dos terrenos específicos e individual destruíram a admirável simplicidade de uma doutrina, cuja roupagem cientifica dissimulava a persistência de uma relação diante do mal, que é tão antiga quanto o próprio homem.
Se sentimos a necessidade de nos tranquilizarmos é que uma angustia pesa constantemente sobre nosso pensamento. A medicina grega, ao contrario da egípcia, oferece à nossa consideração uma concepção dinâmica e totalizante da doença. A natureza tanto do homem como fora dele é harmonia e equilíbrio. A doença seria a perturbação dessa harmonia e desse equilíbrio. A doença neste caso não esta em uma parte do homem, esta em todo o homem e é toda dele. As circunstancias externas são ocasiões e não causas. O que está em equilíbrio no homem são quatro humores: Quente, frio, úmido e seco.
“[...] A solução é o fogo [...]”
(Documentário Estamira) A doença não é só o desequilíbrio é também o esforço que a natureza exerce no homem para obter um novo equilíbrio. A doença é uma reação generalizada com intenção de cura. O organismo desenvolve uma doença para se curar.
"[...] A minha missão, além de eu ser Estamira, é revelar a verdade, somente a verdade. Seja mentira, seja capturar a mentira e tacar na cara, ou então ensinar a mostrar o que eles não sabem, os inocentes… Não tem mais inocente, não tem. Tem esperto ao contrário, esperto ao contrário tem, mas inocente não tem não [...]"
(Documentário Estamira) A doença difere da saúde, o patológico, do normal, como uma qualidade difere da outra, quer pela presença ou ausência de um principio definido, quer pela reestruturação da totalidade orgânica. No documentário a Personagem Estamira devido aos seus transtornos tenta reestruturar seu mundo, para que assim não seja anormal.