Articulação classe, gênero e raça.
Mas que grande buraco não? Pensando no que está próximo: nossa realidade brasileira é igualitária? Ou respeita a singularidade? Nossa constituição Brasileira, enquanto idealização, princípios e leis, é maravilhosamente digna e capaz de proporcionar dignidade aos que nele estão sujeitos. O buraco está exatamente neste ponto: do papel à ação, da idealização à prática. No Brasil, este mesmo “princípio constitucionalmente expresso convive com subhomens empilhados sob viadutos, crianças feito pardais de praça, sem pouso ou ninho certos, velhos purgados da convivência das famílias, desempregados amargurados pelo desperdício humano, deficientes atropelados em seu olhar sob as calçadas muradas sobre a sua capacidade, presos animalados em gaiolas sem porta, novos metecos errantes de direitos e de justiça, excluídos de todas as espécies, produzidos por um modelo de sociedade que se faz mais e mais impermeável à convivência solidária dos homens. “ (ROCHA, 1999, p. 2)
Realidade nua e crua. Será que é resultado da não-vontade da parte dos que tem a dianteira política, escolhidos para resolver tais questões? Será fruto da não-capacidade