Artefatos Históricos
Considerando,
“o patrimônio cultural de uma sociedade ou de uma região ou de uma nação é bastante diversificado, sofrendo permanentemente alterações e nunca houve ao longo de toda a história da humanidade critérios e interesses permanentes e abrangentes voltadas a preservação de artefatos do povo, selecionados sob qualquer ótica que fosse.”1
Ou seja, os artefatos históricos são amplos e estão integrados as ‘culturas brasileiras’. As relações socioculturais produzem e atribuem diversos significados e funções aos objetos, o que resultam na imposição de uma vida útil ao artefato, em outras palavras, o tempo de uso dos vestígios do passado podem variar e a sua utilidade primaria pode ser modificada.Os pratos ornamentados passaram de central durante as refeições para virar peça de museu. No caso da gastronomia as receitas preparadas e servidas possuem um consumo imediato, porém levam conhecimentos passados por gerações, acumulados e renovados de acordo com a cultura que o indivíduo está inserido. Essa transição de saberes caracteriza o que os estudiosos do patrimônio cultural chamam de “saber fazer”, expressão cara ao patrimônio imaterial.Nesse sentido a arte gastronômica é considerado patrimônio cultural e, com tal deve ser preservado. No Brasil o registro (processo equivalente ao tombamento de bens edificados) do conjunto de praticas, técnicas e cultura popular é realizado pelo instituto do patrimônio histórico artístico nacional (IPHAN), órgão criado 1937 e que é responsável pela patrimonialização dos artefatos em nível federal. Além do IPHAN temos órgãos que administram o patrimônio nas esferas estaduais e municipais, no