Arte
O Concretismo surge na Europa, por volta de 1917, na tentativa de se criar uma manifestação abstrata da arte.
A busca dos artistas era incorporar a arte (música, poesia, artes plásticas) às estruturas matemáticas geométricas. A intenção deste movimento concreto era desvincular o mundo artístico do natural e distinguir forma de conteúdo.
Para os concretistas a arte é autônoma e a sua forma remete às da realidade, logo, as poesias, por exemplo, estão cada vez mais próximas das formas arquitetônicas ou esculturais. As artes visuais não figurativas começam a ser mais evidentes, a fim de mostrar que no mundo há uma realidade palpável, a qual pode ser observada de diferentes ângulos.
Por volta de 1950, a concepção plástica da arte chega ao Brasil através do suíço Max Bill: artista, arquiteto, designer gráfico e de interiores. Bill é o responsável por popularizar as concepções da linguagem plástica no Brasil com a Exposição Nacional de Arte Concreta, em 1956.
As características gerais do concretismo na literatura são: o banimento do verso, o aproveitamento do espaço do papel, a valorização do conteúdo sonoro e visual, possibilidade de diversas leituras através de diferentes ângulos.
Arte concreta no país foi o grupo paulista Ruptura. que, em manifesto lançado em 1952 na exposição do Museu de Arte Moderna de São Paulo – assinado por Anatol Wladyslaw (1913-2004), Lothar Charoux (1912-1987), Féjer (1923-1989), Geraldo de Barros (1923-1998), Leopold Haar (1910-1954) e Luiz Sacilotto (1924-2003), liderados por Waldemar Cordeiro (1925-1973) – definiu as "formas novas de princípios novos" estabelecendo entre seus membros regras rígidas e racionalistas a serem seguidas. Eles se consideravam os autênticos precursores da arte concreta no Brasil e ir contra essas regras seria regredir na história e voltar a um passado tradicional. Em 1956, por ocasião da I Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada no MAM-SP, foi lançado o