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Resenha Crítica: A Vingança de Gaia

O autor descreve alguns acontecimentos extraordinários causados por fenômenos naturais, como o Tsunami em dezembro de 2004, que devastou a bacia do oceano Índico, retratando o poder da Terra de matar. Basta uma pequena oscilação do planeta em que vivemos para acarretar a morte de alguma fração de milhão de pessoas. Para James Lovelock, estamos abusando tanto da Terra que ela poderá se insurgir e retornar ao estado quente de 55 milhões de anos atrás, onde a maioria dos seres humanos iria morrer.
Aponta também que a reação da Terra não está amarrada apenas do grau de nosso cultivo do solo e das poluições, mas também de seu estado de saúde atual, podendo a mesma estar idosa e menos resistente. Se deixarmos de cuidar da Terra, ela sem dúvida cuidará de si, fazendo com que não sejamos mais bem-vindos.
Para autor, o desenvolvimento sustentável é um alvo móvel, representando o esforço constante em equilibrar e integrar os três pilares do bem-estar social, prosperidade econômica e proteção ambiental em benefícios das gerações atual e futuras. Duzentos anos atrás, talvez tivéssemos tempo para estabelecer o desenvolvimento sustentável, ou mesmo continuar por algum tempo deixando as coisas como estão, mas agora é tarde: o dano foi cometido. Aguardar que o desenvolvimento sustentável ou a confiança em deixar as coisas como estão sejam políticas viáveis. Ambas as medidas negam a existência da doença da Terra, a febre acarretada por uma praga humana. Apesar de suas diferenças, elas advêm de crenças religiosas e humanistas que acham que a Terra existe para ser explorada em prol da humanidade.
O conhecimento de Gaia, com sua implicação da terra como um sistema em evolução, só surgiu por volta de 1970, sendo aceita parcialmente depois de décadas por meios que provaram, com esses estudos provou-se de que a Terra está em estado crítico e que toda a sua vida corre perigo. A Terra levaria mais de mil