arte
“RE-SIGNIFICAÇÕES” SOBRE ENSINO/APRENDIZAGEM DE ARTES VISUAIS
Milena Guerson (EBA/UFMG)
Prof. Lincoln Volpini Spolaor (Orientador - EBA/UFMG)
Resumo: Pareyson posiciona a atividade artística entre as idéias de “Forma” e
“Formatividade”, definindo a Arte como “Fazer, Exprimir e Conhecer”; concepções que não devem ser “absolutizadas.” Ana Mae Barbosa posiciona o conteúdo da Arte nas instâncias da Abordagem
Triangular (Fazer, Ler e Contextualizar); sistematiza, aplica e divulga essa proposta para o ensino da Arte, difundindo a necessidade da leitura crítica de imagens, a partir dos anos 80. Ambos tratam a Arte como área de conhecimento específica e sem a situarem à parte do âmbito social.
Se Pareyson apresenta uma Teoria Estética, que auxilia a especificação do campo artístico,
Barbosa atua na Educação brasileira e, fundamentada em uma abordagem histórica, revisa a Arte como disciplina, entre a teoria e a práxis, melhorando qualitativamente o ensino. Suas teorias, dialogicamente relacionadas, nos trazem uma re-significação sobre Ensino/aprendizagem de Arte.
Palavras-chave: Ensino de Artes Visuais. Estética. História.
Sobre fazer, exprimir, conhecer e a Arte como formatividade
N
o livro Reflexões sobre a Arte, Alfredo Bosi menciona que Pareyson “considera
como decisivos do processo artístico três momentos que podem dar-se simultaneamente: o fazer, o conhecer e o exprimir” (2002, p.8); e no percurso dos capítulos de seu livro,
Bosi perpassa a discussão sobre a Arte por esses três caminhos. Conforme Pareyson
(2001, p.22) a tríplice instância em questão sintetiza as “definições mais conhecidas da arte, recorrentes na história do pensamento”, e que “ora se contrapõem e se excluem uma às outras, ora, pelo contrário, aliam-se e combinam-se de várias maneiras.” De onde podemos depreender uma movimentação dialética.
Pareyson frisa que a caracterização da Arte como “fazer”, ou seja,