Arte e iluminação
Os primeiros estudos a respeito da historiografia da iluminação cênica, apontam o teatro grego como sendo o precursor na questão. Neste teatro a iluminação é exclusivamente natural. As peças em sua grande maioria eram apresentadas a luz do dia, ao nascer do sol e as vezes avançavam a noite. As edificações eram construídas de acordo com a posição do sol, isto é, havia uma grande preocupação para que a construção destes espaços obtivesse um aproveitamento máximo da luz solar. Durante a Idade Média (476 – 1492 dC.), o teatro estava quase que exclusivamente voltado para os dramas litúrgicos e a iluminação era favorecida pelos vitrais das igrejas. Posteriormente, quando as apresentações passaram a ser apresentadas também ao ar livre, em praças públicas ou nos adros das igrejas, a iluminação por meio da luz solar, mais uma vez volta a ser o principal sistema. Outras representações, como comédias satíricas e apresentações circenses, que eram executadas em tavernas e castelos, eram iluminadas com tochas e archotes. A partir do séc. XVI o teatro passou a ser representado também dentro de espaços fechados. Estes teatros possuíam amplas janelas para entrada de iluminação solar, que eram abertas nas apresentações vespertinas. Nas apresentações noturnas muitas velas garantiam precariamente a visibilidade. A vela foi durante muito tempo o único sistema de iluminação que os teatros possuíam. Durante os séculos XVII e XVIII surgem os candelabros que passam a ser usados com maior freqüência. Em geral, estes artefatos eram enormes e iluminavam tanto o palco quanto a platéia. Os encenadores ainda não conheciam a iluminação como linguagem e as pessoas que freqüentavam os teatros, muitas vezes, iam para serem observadas e não para observar. No início do séc. XVIII foram feitos alguns experimentos utilizando-se sebo na fabricação de velas, porém tal experiência acabou não obtendo êxito devido ao mal cheiro exalado e problemas de irritação nos olhos dos