Arte Medieval
As igrejas românicas são o reflexo da época em que foram construídas: a fragmentação política contribuiu para a diversidade do estilo que, apesar da sua unidade, apresenta variações regionais, o clima de guerras fez com que a igreja se tornasse um lugar de defesa: as construções românicas são autênticas fortalezas de grossas paredes e janelas em forma de seteiras , a obscuridade interior do templo adequava-se ao ideal de espiritualidade medieval, o analfabetismo das populações era compensado com a abundante ornamentação didática e simbólica nas fachadas e no interior da igreja: a Bíblia estava “explicada” nas figuras de pedra. As características fundamentais do Romântico Planta de cruz latina e construções com paredes muito grossas, os interiores são escuros e sombrios. A simplicidade é apenas cortada pelas colunatas que dividem as naves, decoração muito simples, algumas rosáceas, frescos a decorar as paredes e abóbadas e algumas esculturas, os materiais de construção utilizados eram os que cada região possuía , o que contribuiu para a diversidade do estilo.
Em Portugal em meados do séc. XII, Portugal é já um reino independente. Consequência da forte expansão económica e demográfica, ligada ao arranque vitorioso da Reconquista, financiavam-se as primeiras construções, não faltando pedreiros nem mão-de-obra. A arte portuguesa inspirou-se nos modelos europeus. Apesar disso, são claros os traços de individualidade. O Românico português é sóbrio e severo. Os monumentos mais originais são as pequenas igrejas rurais que se espalham pelo Norte do país como S. Pedro de Rates ou S. Cristóvão de Rio Mau . Modestas, destacam-se pelas suas formas simples e equilíbrio de proporções. No Sul, onde são mais raras, denotam bem a influência moçárabe. A escultura românica é pouco variada: além dos motivos geométricos e florais,