O hibrido torna-se uma característica nas atividades artísticas contemporâneas, é uma marca da nossa época. Antes as fronteiras entre as artes eram delineadas e guiadas pelas bases de um pensamento moderno extremamente racional, onde o mundo foi dividido em campos de conhecimento e cada um seguiu seu caminho. Formas de pensar que funcionaram até certa altura, mas que já não satisfazem nossos anseios. Conforme nos deparamos com questões que não permitem ser fragmentadas para ser respondidas, exemplo onde encaixo a arte, ou quando não conseguimos mais estabelecer as fronteiras entre uma arte e outra, ou entre arte e multimídia, percebemos que os critérios é que mudaram, o mundo mudou. Na contemporaneidade os valores emergem com outras perspectivas, exigindo novas atitudes que refletem o chamado espirito do tempo. A adequação do pensamento se faz com tranquilidade desde que tenhamos atitude estética para com o outro, que também sou eu. É uma transformação natural que se instala no dia a dia obrigando o ator social a refletir e se adaptar para não sofrer. Como quando uma pessoa está se afogando no mar e o que vem lhe salvar pede para que não se debata, pede para que se acalme para que possa ficar bem e ser salvo. O ator social ou o artista corroboram em sua arte sua vida, ficando inerente à ela tudo que está no domínio do subjetivo e inconsciente. O desejo de transcender os limites não sendo prerrogativa das artes mas sim do ser, transparece e se concretiza através dela, consciente ou não. A evolução tecnológica dos medias nos permitem novas experiências e não substituem as antigas formas de arte nem lhe usurpam o lugar, é somente diferente. É o que o desejo de transcender nos traz, uma sequência gradativa de tentativas e experimentos que vão evoluindo de um para outro, com alguma superação até então infindável. A pintura buscando fixar o real proporciona a fotografia, que proporciona o cinema, que proporciona experimentos em três e quatro dimensões. Um novo campo de