arte gótica
O nome com que a batizaram – Gótica, isto é, dos Godos – remonta ao século XVI e ao espirito clássico e racional dos homens do Renascimento que, desse modo, a quiseram apelidar de bárbara e rude. Só a historiografia da arte do século XIX a haveria de reabilitar quando fez deste estilo o objeto do entusiasmo revivalista dos artistas românticos, admiradores da Idade Média.
Vitral e Iluminura
O aparecimento e desenvolvimento da técnica do vitral estão indubitavelmente ligados à arte gótica, particularmente à decoração interior das catedrais, onde os painéis de vidro colorido, que preenchiam janelas e rosáceas, tomaram o lugar das pinturas murais, a fresco e têmpera, do Românico. A luz que entrava nas igrejas, filtrada pelos vitrais, propiciava um ambiente místico e celestial que traduzia fielmente o espirito religioso da época.
O fato da arquitetura gótica ter dispensado, quase por completo, a grande pintura fixa (os murais) da sua decoração, não impediu o desenvolvimento, na época, da pintura móvel, como é o caso das iluminuras e dos retábulos (painéis de madeira pintados, usados como cenários para os altares, nas igrejas ou nas capelas e oratórios das casas mais ricas).
O desenvolvimento destes dois géneros de pintura explica-se pelo refinamento de vida alcançado pelas elites sociais desta época. Reis, nobres, altos eclesiásticos e burgueses ricos praticaram um novo estilo de vida, animando as suas cortes com banquetes, bailes, recpçoes, espetáculos e outros eventos para os quais requeriam a ajuda e a participação dos artistas, fazendo aumentar a encomenda de arte.
O crescimento da encomenda fez proliferar a oferta, dando azo ao aparecimento de numerosas oficinas de